quarta-feira, 8 de maio de 2013

"Naquela época que era bom" - será mesmo?


Um dia desses eu vi um clipe no youtube, e no canto da tela aparecia o logo da MTV e, embaixo, o logo do programa que estava passando, o extinto MTV Lab (que só passava clipes e tinha subdivisões tipo "Lab Cult Trash", "Lab Matinal", "Lab Radio").
Num dos comentários, um cara comentou "é, nessa época que a MTV era boa, que passavam os clipes...agora só passa [insira o nome de qualquer coisa que seja modinha e que todo mundo odeie]".
Achei engraçado porque, na época que tinha o MTV Lab, diziam a mesma coisa dela. E vejo a mesma coisa acontecendo quando leio comentários de clipes de bandas dos anos 2000: "essa época que era legal, hoje só tem lixo".
É muito fácil falar que a cena musical está ruim, mas o fato é que tem surgido muita coisa legal por aí. Restart não tem a mesma força de antes e o emo já acabou faz tempo. Que tal procurar bandas novas e ajudar na divulgação delas, ao invés de ficar reclamando nos comentários? Antigamente era mais ou menos assim. Um amigo ouvia uma banda nova, que mostrava pro outro amigo que mostrava pro resto da galera e quando percebiam, olha lá, todo mundo já estava amarradão na banda. Lá em Cuiabá as rádios não tocavam o rock que o pessoal gostava, e mesmo assim a gente dava o nosso jeito.
Não deveria ser assim nos dias de hoje, aonde vivemos num mundo cada vez mais globalizado e com o advento dessa deusa chamada internet. Mas parece que estão muito preocupados chorando as pitangas pelas bandas que já foram e não voltam mais. Eu me despeço aqui com Oracular Spetacular, do MGMT, banda que eu não ouvia na época por achar muito "modinha". Dica: ouça o disco antes de falar qualquer coisa ;)



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

7 x sete coisas

Hoje é dia de meme, porque o Heitor Pereira assim decidiu e porque sou louca por listas ;)
O Sete Vezes Sete Coisas 7 listinhas para completar com 7 itens cada. Vem comigo:

7 coisas para fazer antes de morrer:

1. Ser mãe
2. Ir a um show da Björk
3. Participar dos bastidores de algum filme/curta metragem
4. Viajar para o exterior com amig@s
5. Pagar minhas próprias contas e justificar alguma merda com "você não paga minhas contas!"
6. Aprender a falar alemão decentemente
7. Viajar pra Alemanha 

7 coisas que mais falo:

1. Só
2. Irado
3. Tô ligada
4. Tá
5. Sei Lá
6. De boa
7. Que merda, hein

7 coisas que faço bem:

1. Lasanha de berinjela
2. Tinta para o meu cabelo (máscara de hidratação + azul de metileno + violeta genciana)
3. Ajudar os outros
4. Sexo
5. Bruschetta
6. Espiar os vizinhos e descobrir (ou inventar) suas histórias
7. Customizar roupas

7 coisas que não faço:

1. Comer carne
2. Escova/chapinha
3. Trocar meus óculos por lentes de contato
4. O que a minha pedicure de coração faz (ainda não achei quem fizesse meu pé melhor do que ela)
5. Jogar esses videogames novos (meu negócio é videogame tosco e antigão, mesmo)
6. Gabaritar uma prova de física
7. Tomar banho de chuva, que eu odeio

7 coisas que me encantam:

1. Generosidade
2. Humildade
3. Gente que ri de si mesmo
4. Arte
5. Quem não tem medo de se assumir do jeito que é
6. Um céu azul que dure o dia inteiro
7. Liberdade

7 coisas que não gosto:

1. Gente metida
2. Falsidade
3. Machismo
4. Injustiça
5. Hipocrisia
6. Macarrão integral
7. Ignorância

7 coisas favoritas e aleatórias:

1. Cabelo azul
2. Sorvete de menta
3. Palmito
4. Homem de cabelo cacheado
5. Mulher de black power
6. Momentos mãe-filha/pai-filha
7. Huskie siberiano

E, como não poderia deixar de ser, cinco blogueiros para fazer o mesmo meme (se tiverem paciência, hahaha): Nizi Silveira, Amanda, Guiga Heinz, Bruna e Lívia Praeiro.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A pergunta que não quer calar: por que SP e não RJ?


Hoje eu resolvi ir pra praia. Num tem aquela música Domingo Eu Vou Pra Praia, do Ultraje A Rigor? Então. Troquei domingo por quinta e acordei cedo. Enrolei e cheguei 11h no Posto 9. Nuvens cobrindo o excesso de sol, céu azul entre elas, calor gostoso, mar limpo, sem muitas ondas e geladinho. Queria ter uma lembrança boa antes do mundo acabar.
Eis que, entre corpos dourados e sotaques carregados, me pego pensando se São Paulo é mesmo a escolha certa (já mandei a papelada pra matrícula pelo Sedex). Então eu dei uma boa olhada ao meu redor. Eu me identificava com aquilo? "Olha o mate com limão"; "Partiu?"; "Já é"; "Se pá". Não, eu não me identificava.
Nasci em São Paulo, mas saí de lá aos 3 pra morar em Cuiabá. Hoje adoro a cidade, mas não suportava que tudo acontecesse em São Paulo e nada em Cuiabá. Daí eu vim pro Rio. Apesar da minha família ser daqui e eu estar familiarizada com a cidade, a sensação de "intrusa" nunca deixou de existir. 
Não pensem que eu odeio o Rio: ele é maravilhoso. Mas só pra passar uns dias. É aquilo: férias, verão, praia, Rio; desde que eu me entendo por gente (às vezes a cidade variava). Então, associei Rio de Janeiro a um clube, ou resort, que você vai pra se bronzear, fazer tererê, tatuagem de henna, acha tudo bonitinho e fica meditando sob o sol, e pronto. Depois você volta pra casa. Mas a minha casa é nesse clube. E isso é muito estranho.
Me surpreendi com o funcionamento da cidade: os deliverys vão até  1h, no máximo. Raros são os que ficam a madrugada toda. A cidade adormece mais cedo. Isso me irrita um pouco, não é esse o meu jeito de curtir a vida. 
Os cariocas se divertem de uma forma diferente da minha. Se arrumam de uma forma diferente da minha. Esse negócio de sentir saudade da praia não cola comigo. Praia = férias. É muito bizarro morar nas férias, como escrito acima. Vou para onde ter cabelo azul é normal. Vou para onde acontecem mais festivais. Vou para onde tudo é 24h. Vou na paz. Vou segura: vou pra São Paulo. Um beijo pra quem fica ;*

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Retrô(spectiva)

Perdi o medo de mar. Ganhei uma bata. Briguei. Fiz as pazes. Vagabundeei mais do que o normal. Faltei mais aulas. Viajei escondida pra São Paulo. Tirei um BV. Pintei o cabelo. Me apaixonei. Me iludi. Desencanei. Fiz ménage à trois. Tive aulas particulares 4 vezes por semana. Faltei mais aulas. Me apaixonei de novo. Me iludi de novo. Desencanei de novo. Venci preconceitos. Fiquei com muita gente, e quase todo fim de semana.  Amadureci. Descobri a falsidade. Fui alvo de fofoca. Coraçona. Continuei lendo no recreio. Passei no vestibular. Continuei bagunçando a casa. Quase fui expulsa de casa 2 vezes. Fui amada. Não correspondi. Fiquei com o menino que sou a fim há quase uma década. Vizinhos s2. Perdi voo. Fiquei de 4 recuperações, mesmo com tanta aula particular. Incomodei vizinhos. Dei muita social aqui em casa. Pedi muita comida por telefone. Pedi muito crepe de chocolate com morango e chantilly por telefone. Dei em cima de taxistas. Perdi a chave de casa. Perdi a chave da caixa de correio. Fiquei um mês sem dormir por causa do Slenderman. Me alimentei mal. Não tirei a maquiagem. Tirei o aparelho fixo. Assisti Os Normais no DVD. A TV pifou. A resistência do chuveiro pifou. Perdi simulados. Fui a muito show de rock. Dei muito soco em rodinha punk. Tive uma convulsão. Consegui baixar e executar (sozinha!) um arquivo. Alarguei o furo da orelha. Customizei roupas. Me senti muito sozinha. Comprei CDs.


Não necessariamente nessa ordem.


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ídolo?

Lá em Cuiabá, celebridade era a filha do prefeito. Ou a menina de um colégio grande que pega todos os caras. Aqui no Rio, não. É normal ver o Bento Ribeiro atravessando a rua, pegar ônibus com a Julia Bloch (e eu realmente peguei!),ver o Rodrigo Santoro comendo açaí. Ninguém dá risadinha, aponta o dedo, e são raras as vezes que pedem autógrafo.
Acho isso meio louco...e agora pensar que o carinha ali da banda folk que passou o Natal do seu lado ganhou o prêmio de Melhor Banda. Recentemente eles voltaram pra Cuiabá e fizeram um show na ~hometown~. Vários amigos meus foram e tiraram MIL fotos com a banda. Não é estranho aquele tipo de coisa que só VOCÊ conhece, do FIM DO MUNDO virando... Ídolo!??!?
Para mim, Vanguart nunca vai ter essa aura (que imagino ser o MÁXIMO depois de tudo que eles passaram), sempre lembrarei deles como, sei lá, aquele amigo do amigo da sua amiga. Tanto é que toda vez que vejo eles na mídia sinto um arrepio como se fosse a primeira vez deles.
E agora, vejam só... um belo dia twittei um pensamento que é quase um lema de vida. Ao que a Marjorie me responde que me acha foda, que sempre foi minha fã, MENINA! Eu, tendo fã? Antigamente (uns 10 anos atrás) era eu que ficava babando pelas meninas mais estilosas do meu colégio, elas que eram *-*. Eu não tenho nada de celebridade, gente, olha pra mim, eu sou uma menina!
Bom, ídolo, ídolo, claro que eu não sou, e nem quis ser. só na privacidade do meu banho Só sei que é muito bom ver essa banda escondidinha se desabrochando, colegas minhas que são fãs, a música tocando nas lojas, e agora esse prêmio... É demais.












Da época que eu era caipira e tirava foto quando via famoso: Walter Salles, Rodrigo (Dead Fish), Mickey Rourke, Débora Falabella, Lobão.







sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Maturidade: expectativa vs. realidade

Fala, gente bonita! Eu sumi mas voltei com um texto legal e novidades por aqui.
Uns dois dias antes do meu aniversário, em junho, eu me lembrei de uma cena: 2002, 9 anos, Flórida, Disney. Andávamos eu, meus pais, meu irmão e meu primo alegremente quando passou por nós uma adolescente com mais ou menos a minha idade agora. Com um microshort jeans escrito SEXY em maiúsculas rosa-glitter. Cabelo platinado com mechas rosas presos em dois coques. All Star vermelho de cano médio. Mascando chiclete. 
Eu olhei aquela menina e vi que ela era um resumo de tudo que eu queria ser quando mais velha. Não pela roupa, mas pelo cabelo colorido e a pose de independente. Mamãe, percebendo o olhar de reprovação (haha) do meu pai, provocou: "é a Julia daqui a dez anos". Dez anos. Isso pareceu um bocado de tempo pra mim. 
E, bem, cá estou eu, dez anos depois, loira natural, microshort verde-exército, All Star vermelho de 7 anos de cano baixo. Morando sozinha e dona do meu nariz.
Será que eu sou o que eu queria ser a dez anos atrás? Será que a Julia de 9 anos estaria satisfeita com a Julia de 19? Me parece tudo meio novo, ainda. Mesmo saindo vários fins de semana, aparecendo aqui em casa com quatro desconhecidos e de ressaca no dia seguinte, sem nem lembrar o nome do casal que estava com eles (e olha que isso realmente aconteceu), a maioridade não é exatamente a ~vida sem regras~ que eu imaginava; talvez porque eu carreguei, junto com o corpão de mulher, a experiência e o aprendizado adquiridos ao longo desses 10 anos.

E olha, apesar de não estar rodeada de prostitut@s com uma plantação de maconha ouvindo Macaco Bong todo dia, garanto que estou gostando de ter 19 anos. É diferente do que eu imaginava, mas continua sendo maravilhoso.









segunda-feira, 23 de abril de 2012

Não existe mulher pegadora, e nem homem rodado. (agora com acentos)

  Uma coisa anda me atormentando a um certo tempo. Seguinte: nós mulheres já conquistamos o direito ao voto, ser bem vistas na sociedade sem precisar sermos casadas, o direito a ter um trabalho que não seja ficar cuidando da casa e dos filhos, já conseguimos fazer com que usar biquíni fosse uma coisa normal, usar biquíni grávida também. Mas algo ainda pulula na minha mente: a vida amorosa/sexual das mulheres.
Pensa bem: você já ouviu alguém dizendo que tal homem é "rodado"? E que tal mulher é "pegadora"? Não, né? É por causa de uma mentalidade que estamos mantendo desde que o mundo é mundo.
Já me envolvi em algumas discussões de boteco desse tipo. Coisa de "eu não daria moral pra uma menina que dá na primeira noite" - aliás, que expressão horrível, nunca é o homem que dá, é sempre a mulher. Parece que não é uma coisa consensual -, "se eu descobrisse que minha namorada é rodada, terminaria com ela, na hora! Não dá pra levar a sério uma menina como essa"
Defina-me então, com quantos homens ela pode transar sem que seja considerada "rodada"? Cinco? Dez? Quinze? Vinte? Nossa, que absurdo, ja comecei a exagerar! E vem cá, com quantas mulheres um homem pode transar para que ele seja considerado "sério"? Fala a verdade, não tem limite.
O pior é que todos eles, donos dessa linha de pensamento sabem que estão numa sociedade machista e justificam seus atos por causa dela. Simples, né? Então vamos lá assumir tudo de uma vez: tudo bem um negro ser discriminado, é uma sociedade racista. Tudo bem um homossexual ser espancado, vivemos numa sociedade homofóbica.
Fala-se muito da mulher que deixa o homem pegar na bunda, rebola até o chão e usa minissaia, mas nada se fala do homem que canta e profere grosserias para mulher na rua, que pega na bunda da mulher, que gosta de bater nela e chamá-la de vadia. E isso enche muito a porra do meu saco - e olha que nem saco eu tenho, haha.
Entende, só porque sou mulher não posso tomar a iniciativa, tenho que ficar calada, cruzando os dedos para que o homem venha falar comigo; tenho que segurar minha vontade e ficar me fazendo de difícil mesmo quando o que mais quero é me entregar de corpo e alma para ele, etc. etc. etc.
Isso é ridículo, o post tá ficando grande e eu tenho que preparar meu almoço. Mas reflitam sobre o assunto.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Na natureza, nada se cria, nada se perde...

A Ângela, mãe do João Furaca, esteve aqui e fez umas comprinhas. Como estávamos em aula e ela ficou em casa, aproveitou para fazer o almoço, e sim!, se preocupou comigo e me fez uma pts que não ficou com gosto de "porra, vomitei tudo". Maaaas, como éramos em três e o João tem um estômago que suporta 13 vezes mais comida que o meu, acabou logo a comidinha preparada u.u
Aproveitando que sobrou pts e um risoto wannabe que minha mãe fez, mais o post da Amanda sobre a omelete do amor, resolvi fazer meu ~Lavoisier do amor~.
Por que Lavoisier? Essa ideia meu avô que me deu: nos tempos da faculdade, em que a grana era pouca pra comer fora, eles botavam em prática a máxima: "na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" e vamos combinar que é mais classudo que "mexidão"
Vamos à receita:

Lavoisier do Amor

ingredientes*

5 colheres de sopa de proteína de soja texturizada já hidratada
 8 colheres de sopa daquele arroz que sobrou do almoço**
uns legumes cozidos (eu botei uns brócolis que já estavam no arroz)
1 tomate picado
12 folhas de rúcula
2 fatias de queijo camembert cortadas em tiras (se a grana estiver curta, rala parmesão)
algumas fatiazinhas daquele champignon em conserva
molho de tomate
sal, azeite e condimentos a gosto
manteiga

modo de preparo

numa frigidera grande, derreta a manteiga
coloque a pts e o molho, vai mexendo e vendo se ficou com uma cor   diferente da normal
depois que ficou, coloque o arroz e os legumes
vai mexendo, mexendo, mexendo, até os ingredientes ficarem todos espalhados
coloque o tomate, o champignon e as folhas de rúcula
mexa até a rúcula ficar mais mole e escura
coloque as fatias do queijo
adicione os ~condimentos a gosto~
tá pronto!

Rendeu um prato fundo grande de pedreiro (pois é, fez uma montanha!). Acho que se eu comer isso por uma semana já fico com um peso legal (depois faço um post sobre meu peso u.u).
*claro que é tudo APROXIMADO. Eu não contei as folhas de rúcula, e sinta-se à vontade para não botar legumes ou trocar champignon por azeitona XD
**o importante é que hajam 3 colheradas de arroz a mais que pts.





sábado, 21 de janeiro de 2012

Lá nos EUA qualquer um fica obeso.

Esse natal eu passei em Memphis. E, como qualquer cidade estadunidense, tem muita gente gorda e muita gente obesa. Também, cara, pudera: é tudo muito barato. No Mc Donald's, meu irmão conseguiu dois sanduíches, três batatas fritas médias, três refrigerantes e um cookie por 10 dólares e uns quebrados. Convertendo porcamente, dá uns 20 reais. E, com 20 reais, aqui no Brasil, tu compra o sanduíche, o refrigerante, a batata e o cookie, se der! Assim qualquer um fica obeso: é muito fácil engordar.
Outro ponto, dessa vez meio nojentinho: tudo lá é meio...doce. Até os pãezinhos que serviam de couvert, que vinham envoltos já numa manteguinha, eram meio docinhos. A massa da pizza, as onion rings, é incrível. 
Café da manhã. Almoço. Jantar. Qualquer hora - é hora de engordar
E os vegetarianos também não ficam atrás: apesar de não ter muitos pratos principais, você é obrigado a se contentar com as entradas e os acompanhamentos, mas nem eles se salvam. Num restaurante (que fedia carne de porco) almocei uma montanha de onion rings, que me conferiu não só gordura como aquele açúcar citado lá em cima. Em outro, almocei uma saladinha (bem ruinzinha, diga-se de passagem) e uns "palitos" de queijo, que tinham a grossura de um dedo de homem. E que também eram meio docinhos.
Além disso, os caras não têm o costume de cozinhar em casa. É tudo muito industrializado, que vai-da-caixa-pro-microondas-e-de-lá-para-o-prato, cheio de sódio, gordura e açúcar. Ainda bem que fiquei na casa de uma prima que, sim, cozinha em casa, e cozinha muito bem, por sinal! ^^
Mas sério, tomem cuidado se forem pros States. Sério mesmo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Wasn't ready to beloved by you.

A gente poderia nunca ter se encontrado. Ela poderia ter desistido de sair de casa, desistido de pesquisar o que fazer no sábado, desistido de querer se divertir naquela noite, ficando em casa pintando as unhas.
Mas ela estava a fim. E depois dos três estágios pós-separação (suicídio, tristeza, aceitação) estava pronta para o quarto (pegação - haha). E foi. No começo, inibida, mas depois bateu a Cantina da Serra na cabeça, chutou a timidez pra fora e tomou a iniciativa. Um por um, até dar 4 da manhã e a Casa fechar. 
E, em meio à segundos de claridade graças à luz pisca-pisca que matava qualquer epilético fotossensível, lá estavam o par de olhos grandões.  Não deu muito tempo para pensar: *piscou*, te viu, *piscou*, soube seu nome, *piscou*, se beijaram. E assim, sem mais nem menos, o estágio quatro foi embora junto com a última *piscada*.
Rolou contato, convite, promessa e, dois dias depois, a certeza da paixão. Em pouco tempo, a pretensão de um compromisso ficou evidente, ao menos para uma das partes, que se sentia de certa forma tão especial quanto a antepenúltima bolacha do pacote (sim, a última era exagero). E cada tempo era pouco, o dia merecia ter 25 horas, mas ao mesmo tempo era muito, daquelas vezes em que basta uma primeira vista para já gamar. Sua personalidade forte foi se derretendo, dando lugar aos típicos sinais de apaixonada.
Eis que então surge a conversa. O choro. A insegurança. O desespero. "A gente continua amigo", disse ele, "e você pode me visitar quando quiser". 
E o estágio quatro já era inexistente, e ela anda à procura de durex para remendar o que sobrou dos cacos do seu coração.