terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Wasn't ready to beloved by you.

A gente poderia nunca ter se encontrado. Ela poderia ter desistido de sair de casa, desistido de pesquisar o que fazer no sábado, desistido de querer se divertir naquela noite, ficando em casa pintando as unhas.
Mas ela estava a fim. E depois dos três estágios pós-separação (suicídio, tristeza, aceitação) estava pronta para o quarto (pegação - haha). E foi. No começo, inibida, mas depois bateu a Cantina da Serra na cabeça, chutou a timidez pra fora e tomou a iniciativa. Um por um, até dar 4 da manhã e a Casa fechar. 
E, em meio à segundos de claridade graças à luz pisca-pisca que matava qualquer epilético fotossensível, lá estavam o par de olhos grandões.  Não deu muito tempo para pensar: *piscou*, te viu, *piscou*, soube seu nome, *piscou*, se beijaram. E assim, sem mais nem menos, o estágio quatro foi embora junto com a última *piscada*.
Rolou contato, convite, promessa e, dois dias depois, a certeza da paixão. Em pouco tempo, a pretensão de um compromisso ficou evidente, ao menos para uma das partes, que se sentia de certa forma tão especial quanto a antepenúltima bolacha do pacote (sim, a última era exagero). E cada tempo era pouco, o dia merecia ter 25 horas, mas ao mesmo tempo era muito, daquelas vezes em que basta uma primeira vista para já gamar. Sua personalidade forte foi se derretendo, dando lugar aos típicos sinais de apaixonada.
Eis que então surge a conversa. O choro. A insegurança. O desespero. "A gente continua amigo", disse ele, "e você pode me visitar quando quiser". 
E o estágio quatro já era inexistente, e ela anda à procura de durex para remendar o que sobrou dos cacos do seu coração.