quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mulherzinha!

"Mulher de vez em quando gosta de encarnar a mulherzinha, aquele espírito maldito que desce de vez em quando pra fazer a gente se sentir super tudo e nada ao mesmo tempo. Tipo quando você acabou de sair da sessão semanal de cabeleireiro (se você tiver paciência de ir) e fica se achando gostosíssima; esquece que não nasceu pra ser loira-burra. O pior de encarnar a mulherzinha não é ter como objetivo supremo homens aos seus pés e aura de sereia. O pior é quando a gente para pra ler o jornal e lembra que o mundo tá em guerra e a economia tá uma merda. Aí bate aquele pesinho na consciência e a gente se sente mal por ficar preocupada com o número de homens que a gente tá tentando beijar enquanto as criancinhas estão morrendo no Sudão e coisa do tipo.
Acontece que existem mulheres que não encarnam essas mulherzinhas, elas são as próprias. O tipo de gente que nós vemos nas revistas de fofocas (ai, que coisa de mulherzinha), na balada, na faculdade, no ar e por todos os lugares, e que não entende que o mundo não vai acabar se a sua unha quebrou ou se o cabelo tá estático por causa do tempo. 
Tudo bem, de vez em quando é legal encarnar uma dessas e virar a femme fatale porque você se encheu de ser a encalhadona, mas E A CABEÇA, MULHERADA? Devia existir centro de reabilitação para este tipo de gente. E eu não tô falando só de mulheres não, tem muito homem encarnando a mulherzinha também. Sabe aquela frase bonitinho, mas ordinário? Nossa, perfeita para esse estilinho de humanóides.
Por quê eu tô com tanto ódio nesse meu coraçãozinho? Quero ver se esqueço um pouco os anúncios de revistas recheados de mulheres lindas e se fico menos deprimida com a minha aparência estilinho-ai-como-sou-fora-do-padrãozinho (SAI, MULHERZINHA)."
(Ana Ísis Marpedice)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Um furacão de arroz e feijão.


 Esse menino aí das fotos é o meu primo, que vai morar comigo este ano. Seu nome é João Furaca. Ele tem esse apelido porque, quando criança, era como um furacão (dã).
Hoje, nós resolvemos fazer comida em casa, logo depois da excursão escolar para o cinema, ver o Lixo Extraordinário (que aliás é ótimo, recomendo!). Pedimos até ajuda à Cibele, a coordenadora:
- Deixa o feijão de molho em água morna, pra amolecer, bota na panela de pressão e, quando começar a apitar, abaixa o fogo. Daí refoga o alho com óleo e bota o feijão lá.
Certinho. Tivemos que fazer arroz também, tinha acabado o que estava pronto.
Prova daqui, prova de lá...
- Julia, e se a gente usasse este tempero aqui? 
- Esse caldo pronto da Knorr? Isso aí tem gordura de bacon.
- Mas só um pouquinho...
- Ai, tá. Ai de você se isso não ficar bom, hein?
Olha, não ficou ruim. Mas não estava aqueeeele arroz com feijão. O feijão ficou meio ralo, o arroz ficou queimadinho. Mas ficou com um gosto que pouco arroz e feijão tem: o do companheirismo. E um brinde à essa refeição! A primeira de muitas!




E aí, alguém se atreve a arrumar?