quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Do Largo do Machado à Penha, não há nada igual no mundo.

Minha escola convidou a gente para um teatro lá na Lapa, que ia ser às 20h. Tinha que chegar no mínimo 10 pras 20h e adivinha? Eu enrolei até dar umas 19h40, que foi quando eu saí de casa. Fui pelo Parque Guinle, correndo, chegando em frente a casa (ou sede, sei lá) do Sérgio Cabral eu dei um pulo e - PLOFT! - caí no chão. 
- Porra! Caralho! Aaaaaaaaai, putaquipariu!
 Foi um tombo feio, mas só percebi depois. Os seguranças vieram devagarzinho ver se estava tudo bem, mas eu disse que não precisava de ajuda. Fui descendo as escadas e vi as minhas mãos: pareciam as chagas de Cristo. Em carne viva, sangrando pra caramba. Levantei as mangas e vi os cotovelos: Sangrando, mas num estado bem melhor que as mãos. Ainda tinham os joelhos e o quadril, mas só o joelho direito sangrou um pouco. Fui passar numa farmácia. Levantei as mãos e disse:
- O que eu tenho que passar nisto?
- Fulano, dá uma gaze e um antisséptico pra ela!
- Oi hehe. Olha a gente tem álcool a 70%...
- Mas isso vai arder pra burro! Num tem Merthiolate que não arde?
- Tem, tá aqui.
- Vou precisar de esparadrapo pra prender a gaze, né?
- É, hehe. - O cara dava uma risadinha com um sorriso amarelo.
Botei tudo na mochila e fui pro ônibus.
- Lá eu faço o curativo - pensei.
 Pego o ônibus e, quando ele chega sei lá, no ponto seguinte já são 20h10. Ah, dou risada, vai. Agora eu vou saber o que é que eu faço quando fiz um machucado desses. Meu plano era: fazer o curativo, ir pra Lapa tomar uma Coca-Cola e pegar o metrô pra ir embora. Beleza, o ônibus foi andando, vi a catedral.
- Ah, ainda vamos passar pelos arcos da Lapa, depois que o ônibus passar eu salto ^^
E o ônibus foi andando. Daí eu comecei a reparar num cenário esquisito.
- Será que sempre que eu venho eu não reparo no cenário? Ou será que eu já passei do ponto? - pensei, e resolvi tirar a dúvida com a mulher do meu lado:
- A gente já passou a Lapa?
- Há muito tempo.
Pô, vacilo...Então já sei: vou com esse ônibus até o ponto final dele, volto e salto perto de algum metrô. Enquanto isso vou fazendo o curativo.
- Isso aí você tem que lavar antes...- disse a mulher de 4 linhas atrás.
Nhé, beleza, uso a gaze pra estancar o sangramento. 
Sinceramente, não vi muitos pontos negativos. Veja pelo meu ponto de vista: eu teria em casa agora esparadrapo, gaze e Merthiolate e, de quebra, conheço um pouco mais do Rio. E descobri várias coisas. Descobri que Méier era muito mais longe do que eu pensava, Bonsucesso e Penha eram realmente longes, a Av. Presidente Vargas definitivamente não ficava do lado de Copacabana, descobri aonde ficava a Frei Caneca. Tá vendo? Várias coisas legais. Não tive medo de ser assaltada porque fiquei na frente da cobradora na ida e, na volta, ela me mostrou o ônibus que eu ia pegar (que já estava iluminado com motorista e cobradora dentro), explicou minha situação e não tive que pagar outra passagem. Em nenhum momento pensei: "ih, fudeu!", como todas as pessoas falam (ou fazem essa cara) quando eu digo o que aconteceu. Tampouco chorei quando vi os ferimentos. Gritei, xinguei, mas chorar não chorei. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Os tais cortejos sexuais.

Hoje meu professor de biologia falou dos fatores que tornam possível a reprodução: a sazonalidade (o ciclo menstrual da fêmea), a compatibilidade anatômica (não tem como um cavalo transar com uma sapa porque...é, isso aí.) e o cortejo sexual. O que é isso? Bom, acompanhe-me:
Não interessa à "pavoa" um pavão forte. Ela quer é um bonito, de penas brilhantes e coloridas. E não interessa à "rinoceronta" um rinoceronte com um chifre lustroso. Ela quer é um rinoceronte fortão. E isso acontece na espécie humana também. Como? Bem, siga-me:
Não adianta chegar num grupinho de fãs do Iron Maiden dizendo que tem ingressos VIP para uma festa com o DJ Marlboro. Assim como não interessa para a maria gasolina que você está se amarrando num livro da Simone de Beauvoir. Vamos lá, todas nós temos nosso próprio cortejo, meninas. Quer saber mais? Ok, veja comigo:
Meu cortejo varia de tempos em tempos. Já tive a época das costas (ai, que costas malhadas o Fulano tem, queria tanto ficar com ele!), a época dos estágiarios e das pintas - que ocorreram simultaneamente. Imagine, já topei ficar com um cara super feio só porque ele era estagiário e tinha mais de 100 pintas pelo corpo! Nós contamos! Tem cortejos clichês que não me atraem. Por exemplo, carros. Nem se ele dirigisse uma kombi (que é meu carro preferido) eu ia querer. Pelo contrário, ia achar que ele era um tarado que ia me pegar na kombi! Hahsuahsuah. Homem MILIONÁRIO não me atrai. Não vou negar dizendo que dinheiro não me atrai. É legal ter um cara pra pagar a conta, os ingressos do cinema ou a passagem do ônibus. É para o excesso de dinheiro que eu não ligo. Cabelo comprido me atrai, e muito. Atualmente, meu cortejo maior tem sido sobrancelhas. Sou capaz até de lembrar das pessoas pela sobrancelha delas.
Cara surfista não me atrai. Cara skatista me atrai. Cara que banca o machão não me atrai. Cara que não esconde os sentimentos me atrai. Cara que pensa com a cabeça de baixo não me atrai. Cara que pensa com a cabeça de cima me atrai. Cara que lê Men's Health não me atrai. Cara que lê livros me atrai. Enfim, são infinitas as escolhas. 
Outra coisa que meu professor comentou foi que, nas festinhas de 3ª, 4ª série, os meninos ficavam de um lado e as meninas de outro. Aí começava a briguinha de meninos, pra ver quem era o mais forte. As meninas, que já eram mais avançadas, olham e pensavam "ai, que boboca". Sempre tinha o menino mais velho, de fora, que conversava com a menina direito e que conseguia ficar com a mais gata da festinha. XD